segunda-feira, 18 de junho de 2007

Copo cheio

Enquanto os países da América Latina considerados tradicionais produtores de vinho como Argentina, Chile e Uruguai assistem o consumo interno cair, os brasileiros estão cada vez mais interessados na bebida. A Argentina ainda lidera a lista, mas o Brasil já é o segundo país que mais consome vinho na América Latina. Os dados foram revelados por uma pesquisa do International Wine and Spirit Record, de Londres. Segundo o instituto, a classe média-alta brasileira tem consumido mais vinho devido ao aumento da oferta de cursos relacionados e de produtos de diversos países nas nas prateleiras e gôndolas. A produção brasileira, entretanto, ainda não é a preferência, já que a maior parte da bebida consumida aqui vem da Argentina e do Chile. A previsão de uma queda acentuada no volume de vinho consumido na Argentina a longo prazo. As vendas de vinho em todo o mundo devem crescer 45% até 2010 e os Estados Unidos tomarão o lugar da Itália como o país onde mais se bebe vinho.

Vida dura

Das empresas brasileiras que já necessitaram solicitar licença ambiental aos órgãos competentes, 79% afirmam ter enfrentado problemas durante o processo. O índice é resultado da “Sondagem Especial sobre o Meio Ambiente”, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa também revela que o número é 5,7% maior do que o registrado há dois anos. O segmento que foi o infeliz campeão na consulta foi o de álcool, no qual 100% das empresas declararam sofrer de problemas para obter licenciamento. Os empresários apontam que o principal problema é a demora na avaliação dos requerimentos, seguida pelos custos no cumprimento das exigências e a dificuldade em atender os critérios.

ZPE: discussão feroz

Segundo a senadora Marisa Serrano (PSDB) a instalação de uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE) será a “redenção” para Corumbá. Projeto de lei que concede isenção de tributos para zonas a ser criadas em 17 cidades foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora está sob apreciação do Senado. Para Serrano, a ZPE pode ser comparada a uma zona franca. "Toda a exportação poderá ser feita isenta de uma série de tributos", explicou em entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena de Campo Grande. De acordo com a senadora, a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos é polarizada pelos senadores Tasso Jereissati (PSDB), que apóia, e o senador Aloísio Mercadante (PT), que desaprova o projeto. "A discussão é feroz", observa. Um dos pontos que mais suscita desavenças é o que permite que 20% do que produzido em uma ZPE possa ser remetido ao mercado interno. A discussão sobre as ZPEs é antiga. O primeiro projeto sobre o assunto data de 1959. Em Mato Grosso do Sul, existe uma lei estadual, de 1993, criando a Zona de Processamento de Exportações em Corumbá. A área onde seria criada a ZPE foi doada pelo Governo Zeca e hoje abriga a obra da siderúrgica MMX, do grupo EBX. Pelo projeto, as empresas instaladas nas ZPEs ganham isenção por 10 anos de oito tributos, taxas e contribuições. As zonas estão previstas nos seguintes municípios, além de Corumbá: Araguaína (TO), Barcarena (PA), Cáceres (MT), Ilhéus (BA), Imbituba (SC), Itaguaí(RJ), João Pessoa (PB), Macaíba (RN), Maracanaú (CE), Nossa Senhora do Socorro (SE), Paranaíba (PI), Rio Grande (RS), São Luís (MA), Suape (PE), Teófilo Otoni (MG) e Vila Velha (ES).

sexta-feira, 15 de junho de 2007

BB na rede

Nesta sexta-feira, 15/jun., o Banco do Brasil lança uma nova versão do seu site na Internet. Um dos objetivos é identificar melhor a clientela por renda e atividade. Com páginas segmentadas, a ferramenta vai permitir ao banco vender produtos de acordo com o perfil de cada um. Quem não é cliente também poderá acessar o site, tomar empréstimo e fazer cartão de crédito. O projeto, que custou R$2 milhões e terá um custo de divulgação na mídia de cerca de R$ 10 milhões, faz parte da estratégia do BB de ampliar a carteira de pessoa física dos atuais 24 milhões para 30 milhões até outubro, quando o banco completa 200 anos. Em um mês, o banco vai oferecer na Internet um serviço para atrair quem tem dívida com os concorrentes e queira migrar o crédito para pagar uma taxa de juros menor, a chamada portabilidade. Segundo o diretor de Varejo do banco, Paulo Bonzanini, o mecanismo, anunciado pelo governo no segundo semestre do ano passado, ainda não decolou devido à dificuldades do consumidor em obter dos bancos informações referentes a saldo devedor e juros para fazer a comparação no mercado. "Há dificuldades de infra-estrutura e muitas vezes, o cliente não tem os dados em mãos", explica Bonzanini. Ele observou ainda que um terço de todas as transações do BB são realizadas via Internet, somando pessoas físicas e jurídicas, e garantiu que o sistema é seguro, principalmente se as pessoas cadastrarem os computadores em que fazem operações. As fraudes na Internet são muito baixas e o banco assume a responsabilidade se houver problemas quando o cliente cadastrou a máquina —disse o executivo, acrescentando que já foram cadastrados 1,2 milhão de computadores.

Dívidas? To fora?

Estamos sempre tão ocupados com as obrigações diárias —filhos, família, casa, carreira— que não sobra tempo para planejar a vida financeira. É preciso atenção a esta questão. Isso pode causar estragos a um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano, o bolso, que, conseqüentemente se reflete em todos os outros. Crises, fracassos, desilusões. No Brasil, hoje, milhões de pessoas sofrem com problemas financeiros. A falta de planejamento muitas vezes é o principal motivo de se “perder a cabeça”. Ficar endividado pode levar qualquer um a loucura. Um dos lugares em que a crise se reflete com mais força é no trabalho. Muitos brasileiros têm caído nas armadilhas e apelos chamativos do comércio e assumido dívidas muitas vezes impagáveis. Dessa forma, ficam agressivos com o próximo, preocupados com o caráter perante a sociedade e acabam deixando cair o desempenho no trabalho. Empregado despreparado e desequilibrado: por isso as empresas ultimamente têm investido em cursos e palestras a fim de ajudar seus colaboradores a não perderem o desempenho. De acordo com o consultor financeiro Cláudio Boriola, da Boriola consultoria, cidadão bem informado e bem orientado é capaz de produzir mais e em melhores condições. “Aprender a lidar com o dinheiro é algo necessário para o desempenho das pessoas, pois, o desequilíbrio financeiro acaba refletindo em tudo na vida do ser humano. É por isso que hoje em dia as empresas tem buscado auxílio a atividades extras tais como palestras, cursos e workshops a seus funcionários, desta forma têm garantido uma vida financeira saudável a eles. Além do mais, cidadão feliz é cidadão capaz de vencer qualquer obstáculo”, analisa. A depressão é uma das doenças que mais têm assolado os brasileiros. Um dos motivos que leva o ser humano a cair neste problema difícil de ser entendido são as dívidas. “Ficar endividado causa sérias complicações na vida. A vergonha e as interrogações de como resolver o problema perante a sociedade, faz o indivíduo muitas vezes se isolar e distanciar de todos, causando a depressão”, alerta. Para evitar certos problemas na vida —em relação as finanças—, o consultor financeiro dá algumas orientações: “Primeiramente o cidadão deve fazer um planejamento doméstico familiar, uma previsão de ganhos e despesas num determinado período de tempo. Através do planejamento, determinar-se quais serão as reservas a serem poupadas e como isso será feito. Esta previsão de renda e despesa permite que a pessoa veja de forma organizada como estão suas contas hoje e como elas ficarão num determinado período de tempo mais adiante. Priorizar sempre as despesas fixas, de maneira a não deixar nenhum compromisso e evitar compras desnecessárias são algumas das orientações para se ter uma vida de paz, saúde e crédito. Portanto, Planeje, Pesquise, Pechinche e procure Pagar sempre à vista”.

Inapetência

Se a concorrência e o tratamento entre provedores de internet, concessionárias de telecomunicações e prestadores de serviços multimídia fossem iguais, muito provavelmente, o Brasil já teria totalizado o processo de inclusão digital, a um custo 80 vezes menor, afirmam representantes dos pequenos provedores de Internet. "Enquanto as empresas de telecomunicações pediram R$4 bilhões ao governo, somente para o projeto de inclusão digital em todas as escolas, os pequenos provedores criariam toda a estrutura necessária com apenas R$50 milhões", afirma Alberto Jorge de La Rocque, presidente da Associação dos Integrantes do Projeto Global Info. Os representantes de pequenos provedores de internet também se queixam da concorrência desleal dos grupos de telecomunicações. Segundo eles, as concessionárias adquiriram provedores de Internet gratuitos, promovendo uma concorrência injusta com os pequenos provedores não-subsidiados. A falta de concorrência inflacionou os preços dos serviços e está atrasando o desenvolvimento tecnológico da área. Ou se garante tratamento igual para todos os provedores de acesso à Internet, ou os consumidores acabaram pagando cada vez mais caro pelo serviço final. Havia três mil provedores em 2000. A entrada dos provedores de acesso gratuito, subsidiados pelas concessionárias de telecomunicação, provocou a falência de diversos provedores. Hoje 90% do mercado é ocupado por grupos de telecomunicações. Como o Governo administra mal o setor de telecomunicações, a situação só tende a piorar.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Na cara do freguês

Não colocar etiquetas de preços nos produtos ou dificultar o entendimento do valor para o freguês pode gerar um gasto grande ao comerciante, que corre o risco de desembolsar valores que variam de R$ 212 a R$ 3,1 milhões, dependendo do porte da empresa, em forma de multa aplicada pelo Procon. A Lei 10.962/04, que regula a colocação de preços de produtos e serviços para o consumidor, em seu artigo 2º, inciso I, diz que, no comércio em geral, devem ser afixados, “por meio de etiquetas ou similares diretamente nos bens expostos à venda, e em vitrines, a divulgação do preço à vista em caracteres legíveis”. Constatada a infração, a multa é aplicada e leva em consideração o porte da empresa. A sanção é imediata e pode até gerar suspensão parcial das atividades da empresa ou loja autuada. A multa é administrativa e passível de defesa. Ou seja, existe a possibilidade de a empresa recorrer e conseguir a isenção do valor imposto pelo Procon. Se pagar imediatamente, pode ter o valor da multa reduzido em um quarto. No entanto, se recorrer, pode ter seu recurso aceito parcial ou totalmente e, assim, ver sua multa extinta ou não.

Alô doutor

Foi-se o tempo em que estudar medicina era sinônimo de sucesso e riqueza. Com o excesso de profissionais em atividade, os médicos e outros profissionais de saúde buscam estratégias e diferenciais para fidelizar pacientes e atingir padrões de excelência em atendimento. Para suprir essa necessidade, multiplicam-se cursos e especializações que instruem profissionais da área de saúde a aplicar gestão de marketing no seu segmento de negócio. Embora as pessoas ainda não encarem dessa forma, o médico trabalha com negócio e precisa de ferramentas de marketing para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo. Uma das ferramentas que os médicos devem utilizar é o marketing de relacionamento. Eles precisam ampliar o contato com o paciente, manter uma relação, uma comunicação com eles, que são seus clientes. Entre as alternativas possíveis está a distribuição de materiais para orientar os pacientes sobre determinadas patologias em uma linguagem coloquial, sem a típica profusão de termos técnicos. Os profissionais precisam prestar atenção em alguns detalhes na hora de constituir suas próprias clínicas e consultórios, como definir um sistema de atendimento ao telefone, cuidar da sala de trabalho e reduzir o tempo de espera no atendimento. Vivemos no mundo da conveniência. Por mais nobre que seja a atividade médica, o cliente tende a procurar a solução mais completa e rápida. E a ética? A resposta é simples: para quem pensa que a visão da medicina como um negócio pode ferir a ética médica, a resposta também é simples. Não há como criticar algo que incentive a melhora no atendimento em saúde. É perfeitamente possível, de maneira ética, construir marcas fortes para médicos e clínicas. Prova de que não há empecilhos para o crescimento do marketing para profissionais da área de saúde.

Movido a álcool

A expansão do setor sucroalcooleiro em Mato Grosso do Sul e a expectativa é de que o Estado passe a ser movido a álcool: o produto projeta forte expansão no plantio da cana e a implantação de diversas usinas de álcool e de açúcar em muitas cidades. Entretanto, a ampliação bagunçada da atividade tem preocupado alguns segmentos da sociedade —e chegou a deputados estaduais—, devido ao impacto dessa transformação sobre regiões que se desenvolveram apoiadas em outras culturas como soja, milho, ou ainda a produção de gado, frangos e suínos. Para delimitar a invasão e regulamentar o setor, já estão tramitando na Assembléia Legislativa dois projetos de lei que regulamentam a área.

Boi na sombra

Criadores de gado continuam com o boi na sombra. Mesmo com o dólar em descendo a ladeira, as exportações brasileiras de carne bovina em maio bateram novo recorde em receita. Foram US$ 443,8 milhões no mês passado, superando o recorde anterior que havia ocorrido em novembro de 2006, quando a receita com exportações alcançou US$ 406 milhões.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Panela nova

O grupo francês SEB vai bater panela. O conglomerado prepara a construção de mais uma fábrica da Panex no Brasil. Não por acaso, deverá optar pelo Rio Grande do Sul, terra da Tramontina, uma de suas principais concorrentes. Presente em mais de 120 países, o grupo francês é detentor, no Brasil, das marcas Panex e Arno. É um dos líderes mundiais na fabricação de eletroportáteis